AMAR NÃO-AMAR
SOFRER NÃO-SOFRER
FELICIDADE? FELICIDADE?
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Sobre o tempo...
Alguns apontamentos a serem desenvolvidos posteriormente:
A questão do tempo intriga filósofos desde a antiguidade. Indagavam a respeito das coisas que os cercava, depois sobre o tempo e sobre o ser... (depois Heidegger retoma a tematica na celebre obra inacabada, Ser e Tempo)
Como medir o tempo, a história, o movimento?
Walter Benjamin também discutirá a questão do tempo....
Mas o que eu, eu mesma, estava pensando ontem quando assistia a TV, é que ainda hoje temos diferentes parâmetros de temporalidade. Ainda hoje, na África temos diversos povos, mesmo países inteiros, que se orientam pela luz solar, tem rituais de chá que duram, em média 3h.
Fico imaginando despreender esse tempo em nosso mundo capitalista desenvolvido?
....
A questão do tempo intriga filósofos desde a antiguidade. Indagavam a respeito das coisas que os cercava, depois sobre o tempo e sobre o ser... (depois Heidegger retoma a tematica na celebre obra inacabada, Ser e Tempo)
Como medir o tempo, a história, o movimento?
Walter Benjamin também discutirá a questão do tempo....
Mas o que eu, eu mesma, estava pensando ontem quando assistia a TV, é que ainda hoje temos diferentes parâmetros de temporalidade. Ainda hoje, na África temos diversos povos, mesmo países inteiros, que se orientam pela luz solar, tem rituais de chá que duram, em média 3h.
Fico imaginando despreender esse tempo em nosso mundo capitalista desenvolvido?
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terça-feira, 4 de setembro de 2007
Uma viagem,
As aventuras de uma jovem intelectual envolvem muitos livros, leituras, escritos, “viagens” e muita criatividade. Sou formada em filosofia. Mas aí já rola o desconforto: rotulo-me. Como se isso definisse a minha verdadeira essência, como se eu não tivesse uma real identidade, até mesmo, como se eu não fosse uma pessoa, fosse uma coisa. Estamos sendo e estando coisificados. Em seguida perguntam-me: Você faz o que? Eu penso, sempre penso... : Estudo! Estudo, pesquiso e escrevo. Assim como estou escrevendo para vocês agora, para que leiam e reflitam.
Partindo desta premissa, não posso escrever algo que não seja relevante para a vida prática de vocês. Certo? Errado. Vou contra a aplicação de um conceito preciso. Escrevo sobre algo abstrato, e que abrange o todo. E certamente não deve ser tomado como “auto-ajuda”. Pois a filosofia deve ser cultivada, semeada (no sentido literal) e não usada como um “manual”. A importância da propagação do saber filosófico é essencial para que as verdadeiras mudanças ocorram.
Como já disse “eu” estudo. Mas estudo o que? Estudo Teoria Crítica, Walter Benjamin (e a turma da Escola de Frankfurt). Mas o que isso tem haver com a sua vida? O que se pretende? Qual a finalidade? Aliás, finalidade é uma palavra muito em uso. É comum dizermos: para que serve? Qual o seu fim? O que importa é como iremos usar isso em benefício próprio. Como obteremos mais sucesso.
Hoje, a sociedade está tão fragmentada, dilacerada que o sentido de totalidade está perdido. Ao contrário do que se pensa, o indivíduo não está mais autônomo, livre, do que no final do século XIX. As amarras sociais estão confortavelmente dispostas. O indivíduo circula por esse “hiper-campo” de bens de consumo dependendo cada vez mais do sistema que o oprime. A liberdade foi perdida. Cabe a filosofia retomar a Razão. Ou em outras palavras fazer a revolução, mas como?
A filosofia da história de Benjamin já dizia que a emancipação dos indivíduos está muito ligada à imagem. A imagem daquilo que está abandonado, esquecido, do “fantasmagórico”. Já o teatro, a poesia de Bertolt Brecht (Perguntas ao operário que lê) o complementa. Numa postura quase didática prepara a classe operária, para aquilo que Benjamin conceitua como “rememoração”. Pois será através dessa rememoração que as atrocidades do passado vêem a mente e pode-se ter consciência de todo o mal que a humanidade cometeu. Pois como Benjamin afirmou em suas “Teses sobre o conceito de história” (1940): “Todo monumento de cultura é também um monumento de barbárie”. Assim, quando vemos as pirâmides do Egito, temos os milhares de escravos. Ou quando na convencional aula de história ouvimos sobre Alexandre, o grande, nunca paramos para pensar que ele não chegou às Índias sozinho. Mesmo aqui no Brasil, a questão dos indígenas oprimidos pelos colonizadores está sendo varrida para baixo do tapete a mais de 500 anos.
Um dos diversos papéis sociais da filosofia é esse, propor o esclarecimento. Nas minhas breves linhas de divagações queria explicitar, expor, apontar, delimitar. Para que a compreensão de algo tão importante não acabe se perdendo neste tempo em que a aparência, o consumo e as relações pessoais enfraquecidas estão em voga.
Partindo desta premissa, não posso escrever algo que não seja relevante para a vida prática de vocês. Certo? Errado. Vou contra a aplicação de um conceito preciso. Escrevo sobre algo abstrato, e que abrange o todo. E certamente não deve ser tomado como “auto-ajuda”. Pois a filosofia deve ser cultivada, semeada (no sentido literal) e não usada como um “manual”. A importância da propagação do saber filosófico é essencial para que as verdadeiras mudanças ocorram.
Como já disse “eu” estudo. Mas estudo o que? Estudo Teoria Crítica, Walter Benjamin (e a turma da Escola de Frankfurt). Mas o que isso tem haver com a sua vida? O que se pretende? Qual a finalidade? Aliás, finalidade é uma palavra muito em uso. É comum dizermos: para que serve? Qual o seu fim? O que importa é como iremos usar isso em benefício próprio. Como obteremos mais sucesso.
Hoje, a sociedade está tão fragmentada, dilacerada que o sentido de totalidade está perdido. Ao contrário do que se pensa, o indivíduo não está mais autônomo, livre, do que no final do século XIX. As amarras sociais estão confortavelmente dispostas. O indivíduo circula por esse “hiper-campo” de bens de consumo dependendo cada vez mais do sistema que o oprime. A liberdade foi perdida. Cabe a filosofia retomar a Razão. Ou em outras palavras fazer a revolução, mas como?
A filosofia da história de Benjamin já dizia que a emancipação dos indivíduos está muito ligada à imagem. A imagem daquilo que está abandonado, esquecido, do “fantasmagórico”. Já o teatro, a poesia de Bertolt Brecht (Perguntas ao operário que lê) o complementa. Numa postura quase didática prepara a classe operária, para aquilo que Benjamin conceitua como “rememoração”. Pois será através dessa rememoração que as atrocidades do passado vêem a mente e pode-se ter consciência de todo o mal que a humanidade cometeu. Pois como Benjamin afirmou em suas “Teses sobre o conceito de história” (1940): “Todo monumento de cultura é também um monumento de barbárie”. Assim, quando vemos as pirâmides do Egito, temos os milhares de escravos. Ou quando na convencional aula de história ouvimos sobre Alexandre, o grande, nunca paramos para pensar que ele não chegou às Índias sozinho. Mesmo aqui no Brasil, a questão dos indígenas oprimidos pelos colonizadores está sendo varrida para baixo do tapete a mais de 500 anos.
Um dos diversos papéis sociais da filosofia é esse, propor o esclarecimento. Nas minhas breves linhas de divagações queria explicitar, expor, apontar, delimitar. Para que a compreensão de algo tão importante não acabe se perdendo neste tempo em que a aparência, o consumo e as relações pessoais enfraquecidas estão em voga.
C´la vie
disponibilidade
acaso+química=?
relacionamento
querer ter, querer retribuir, querer ficar
intensidade
profundidade
imaturidade
não querer ter, não querer retribuir, não querer ficar
superficialidade
afastamento
dor
acaso+química=?
relacionamento
querer ter, querer retribuir, querer ficar
intensidade
profundidade
imaturidade
não querer ter, não querer retribuir, não querer ficar
superficialidade
afastamento
dor
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
UFSCar/ A perspectiva surrealista de Walter Benjamin e A Interpretação dos Sonhos
Esta comunicação tem como base o ensaio, "O surrealismo. O último instantâneo da inteligência européia" (1929), o qual nos encaminha para uma visão singular da vanguarda para Walter Benjamin. Pois, para o autor, somente o dadaísmo e o surrealismo são considerados autenticas vanguardas artísticas. É nesse sentido de fundamentação que buscaremos na obra freudiana uma resposta para a “embriaguez” que Benjamin apresenta em seu ensaio. A interpretação dos sonhos (1899/1900), de Sigmund Freud, preencherá as lacunas do texto benjaminiano, na medida em que se fizer necessário. Buscaremos saber em que nível o “observador alemão” influenciou a interpretação desse movimento vanguardista que primava a psicanálise freudiana. A “crise da inteligência européia”, do conceito humanista de liberdade, está no cerne desta pesquisa, pois será a partir desta conjectura que será fomentado o terror, que Benjamin já profetizava neste ensaio.
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