segunda-feira, 9 de março de 2009

Estranhamento



Tudo me parece mais interessante do que a minha dissertação, nem as teclas me são familiares, a mira não é atraente, o sentido das palavras se desfaz. Pensar em mil coisas, coisas que são importantes que dão ânsia são, certamente, urgentes também. Contudo há coisas mais urgentes, como a minha vida acadêmica. A vida acadêmica é solitária e obscura, pelo menos para mim. Mesmo esse texto (?) que era para ser algo alegre, já toma ares taciturnos. Já quero me lamentar e sofrer, porque a vida é tão injusta, por que o porque do por que? Será o meu “eu lírico”, um eu lírico romântico? Daqueles do tipo dos jovens obscuros, como Álvares de Azevedo? Será que estou a procura de uma alcova? Ou apenas sou uma inconformada com a realidade existente, vigente e atual? Ou ainda, conscientizo-me de que essa reflexão me alerta como eu estou próxima da lírica surrealista e do espírito critico de Walter Benjamin? Acho mais louvável e próspero que eu realmente me identifique com a temática da pesquisa, fico com a terceira questão. Mas não sou arrogante para afirmar que sou algum tipo de Nadja, nem conheço Paris...Apenas me idenfico.

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