quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os Movimentos Feministas: resistências verbais e não verbais

Sim, movimentos no plural. Descobri que não existe apenas um movimento feminista. Ao longo da história podemos notar várias manifestações pela igualdade das mulheres, configurando, assim, no plural.
Na Grécia Antiga a importância das mulheres era equivalente a dos escravos. Porque cidadão mesmo era só do sexo masculino e nascido por lá. Somente estes podiam participar da chamada democracia ateniense e ter a palavra na ágora (praça principal símbolo da democracia direta). Ou seja, para as mulheres nada.
Já na Roma Antiga elas eram consideradas perigosas. Principalmente quando tentavam reverter a situação vigente. Como no caso do uso dos transportes públicos. Porque os transportes públicos daquela época eram restritos aos homens-cidadãos. Mulher não era cidadã, logo, não podia usar esse serviço. Para todo lugar que a mulher romana queria se locomover tinha que ser a pé. Revoltadas marcaram hora com o Senado. Expuseram a situação. Mas não deu em nada. Continuaram a pé. O Senado Romano achou perigoso demais deixarem as mulheres se locomoverem usando os meios de transportes públicos, pois se abrissem essa exceção logo elas reivindicariam outras melhorias.
No longo período da Idade Média, ao contrário do que muitos podem pensar, o espaço de atuação política da mulher era maior. Elas atuavam em quase todas as profissões, e algumas freqüentavam universidades. Infelizmente na Renascença houve retrocesso e a caça às bruxas – milhares de mulheres foram queimadas vivas. Quem não se lembra de Joana d`Arc?
Todas essas primeiras vozes de contestação feminina que a história moderna registra se dirigem justamente contra a desigualdade sexual no acesso à educação e ao trabalho. As mulheres não queriam nada de extraordinário, não queriam tomar o poder de ninguém, apenas queriam e querem ser iguais.
Uma das formas de resistência e contestação feminina, não verbal, se configura quanto ao vestuário. É curioso notarmos que hoje as nossas roupas derivam, em parte, do estilo adotado pelas mulheres das classes média e operária do século 19, cujo comportamento não correspondia ao ideal feminino vitoriano da época.
Até no jeito de nos vestirmos tivemos que ir à luta!
As mulheres do século 19 romperam com o estilo dominante de vestuário – eficiente para manter fronteiras de gênero – quando começaram a trabalhar: as roupas tiveram que ser ágeis para facilitar os movimentos dentro do escritório, por exemplo.
Esse novo estilo, barato e descomplicado, cruzou as fronteiras de classe. Incorporava peças de roupa masculinas à vestimenta feminina (mas era distinto do cross-dressing), representava, consciente ou inconscientemente, uma forma de resistência ao estilo do vestuário dominante.
Representou uma espécie de inversão simbólica da mensagem dominante do vestuário feminino ao associá-lo ao masculino. Itens ligados à indumentária masculina ganharam novos significados. A tão esperada independência feminina estava a caminho. Contudo, o grau de controle social, na forma de hostilidade e zombaria que elas encontravam nos espaços públicos, tornou preferível uma forma amena de subversão simbólica: paletós e gravatas eram combinados com saias em vez de calças.
Somente na segunda metade do século 20 que as mulheres puderam usar calças. Graças às feministas lésbicas. As feministas dos anos 60 e 70 opunham-se às roupas da moda. Simone de Beauvoir definia a visão de moda das feministas, e criticava os discursos manipuladores sobre feminilidades latentes nos estilos de vestuário.
A primeira manifestação de massa do movimento de liberação feminina foi dirigida contra o concurso de Miss América em 1968, mais especificamente contra o estereótipo do corpo feminino como objeto sexual representado pelo concurso.
De lá para cá estamos em constante luta para a nossa igualdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

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